A manutenção é apenas uma das partes dos custos de uma frota, porém, é uma das que mais se destaca por possuir valores elevados — principalmente a manutenção corretiva.

Dentre os tipos de manutenção, a corretiva é aquela que mais gera perdas financeiras e de produtividade, pois o veículo fica parado mais tempo e aumenta a ociosidade da frota. Em frotas de transporte, por exemplo, acarreta o atraso de entregas e mercadorias.

Evitar esse tipo de serviço é melhor, mas ainda há muitas ocasiões em que ele é necessário e benéfico, desde que seja uma manutenção planejada e programada. Entenda melhor a seguir.

O que é manutenção corretiva?

A manutenção corretiva inclui todos os serviços de manutenção que corrigem algum problema no veículo, desde uma instabilidade e fragilidade em seus componentes até uma falha total.

Qual o objetivo da manutenção corretiva?

Seu principal objetivo é, como o nome pode indicar, corrigir um problema. A ideia é que ele retorne às suas características originais, o que popularmente conhecemos por “realizar um conserto..

Qual a diferença entre manutenção preventiva e corretiva?

A principal diferença entre esses dois tipos de manutenção de frota é que a preventiva é totalmente programada e segue um cronograma de inspeções regulares, visando a antecipação e prevenção dos problemas veiculares.

A manutenção corretiva, por outro lado, apenas realiza um serviço final, que, inclusive, pode ser programado através da identificação de uma falha na rotina preventiva.

Outra diferença está nos valores de cada tipo. A manutenção preventiva possui custos mensais e constantes, porém, gera economia a longo prazo para a operação, pois evita quebras e perdas de veículos, além de aumentar a durabilidade e conservação dos ativos.

Por outro lado, ao avaliar qual o custo de manutenção de um veículo da frota, a corretiva sempre se destaca com os maiores valores, dado o esforço de mão de obra e também pelo fato de, na maioria dos casos, serem necessárias as substituições de peças.

Manutenção corretiva planejada vs. não planejada

A manutenção não planejada ou não programada, geralmente, é uma manutenção emergencial. Ou seja, o veículo sofreu algum dano que impossibilita a sua utilização e deve ser corrigido imediatamente para estar novamente disponível.

Já a corretiva planejada é um serviço de correção que foi identificado durante a inspeção preventiva. Dessa forma, o serviço é programado antes de um imprevisto acontecer na estrada, durante a realização de uma rota.

Embora ainda tenha um alto custo, possui valores menores dada a previsibilidade e identificação da falha nos estágios iniciais.

Alguns exemplos de manutenção corretiva que são bem comuns incluem:

  • Correção de problemas nos freios, como regulagem do pedal ou calibragem das válvulas;
  • Substituição de pneus carecas;
  • Correção de aquecimento do motor, substituindo o fluido de arrefecimento e água do radiador;
  • Reparos de problema na bateria.

Por que a manutenção corretiva pode ser um problema?

Ela se torna um problema a partir do momento em que acontece de surpresa e você não tem a previsibilidade desse tipo de serviço, porque isso significa que a falha do veículo já se espalhou e é mais difícil de ser corrigida.

Essa situação, além de gerar um custo mais alto, também aumenta a taxa de indisponibilidade e ociosidade da frota.

A manutenção corretiva também é um problema porque, na maioria dos casos, ela corrige os problemas de maneira mais superficial, não identificando a “causa raiz” dele.

Quando é bom usar a manutenção corretiva?

A manutenção corretiva pode ser usada sempre que for planejada e programada.

Se for identificada alguma falha na inspeção do veículo, que faz parte da manutenção preventiva, um serviço de correção deve ser agendado e realizado para não serem causados danos maiores.

Como gerenciar a manutenção corretiva da frota?

1 – Ter um plano de manutenção

Para começar, criar um plano de manutenção é fundamental para direcionar as suas ações e identificar os pontos de melhoria na rotina da frota. 

Evitar a manutenção corretiva é o melhor em todos os casos, por isso, estabelecer a rotina preventiva corretamente é fundamental. 

O seu plano deve ainda indicar quem são os responsáveis por cada atividade, orçamento disponível para cada tipo manutenção e ferramentas que são (ou serão) utilizadas nas manutenções da frota.

2 – Cumprir a rotina de monitoramento

A inspeção dos veículos é bem importante, mas, tão importante quanto é a análise dos checklists e histórico de manutenções. Essa parte é responsabilidade do gestor da frota e não deve ser nunca negligenciada.

Através das avaliações dos veículos, é possível entender o quanto os custos estão acima ou abaixo da média, quais são os principais problemas enfrentados, qual motorista está causando mais danos veiculares, entre outras informações fundamentais para uma gestão eficiente e que dá resultados à empresa.

Por isso, você deve não apenas determinar as tarefas e como elas acontecem, mas precisa monitorar se estão sendo cumpridas e monitorar, também, os resultados que estão gerando.

3 – Usar os indicadores de manutenção

Por falar em resultados, nada melhor que alguns indicadores de desempenho para identificar se você está cumprindo ou não as metas definidas para a manutenção da frota.

Os principais indicadores de manutenção são: tempo médio entre falhas, tempo médio para reparo, disponibilidade dos veículos e confiabilidade dos ativos.

Além disso, para acompanhar se a manutenção corretiva está dentro dos padrões que deveria, um bom indicador é a distribuição de orçamento por tipos de manutenção. E lembre-se que, idealmente, a corretiva deve ter uma taxa máxima de 20%.

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